segunda-feira, 18 de abril de 2011

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Chag Pessach Casher veSameach

Caminhando para a liberdade


 A idéia da liberdade é uma idéia básica para o mundo do judeu. Todo judeu nasceu para ser totalmente livre neste mundo. Como carecemos da noção do que é a tão procurada liberdade, mantemos um guia de como persegui-la.

O seder de Pessach é nosso manual de libertação. Nesta misteriosa noite todos podem viver a viagem interna de libertação do cativeiro das circunstâncias que o cercam, o “Egito interior”.

De repente nos sentimos sufocados por tantas histórias que tomam tamanha dimensão dentro de nós, que já não existe espaço livre para mais nada. Nem para saber quem realmente somos.

Quando sentimos isto, podemos ter a certeza de que estamos nos afastando da sonhada liberdade, e basicamente nos aprisionando.

Lembrar que nossa verdadeira natureza é livre, é fornecer oxigênio ao fogo esqueciodo de nossa alma. 

A sabedoria do Seder tem como porta de entrada uma idéia  totalmente não convencional – o pão que não cresceu. Ingerimos este “pão da pobreza” para absorver características de liberdade.

Além de outros alimentos consumimos do vinho, para absorver outra qualidade da liberdade: a nobreza. Bebemos reclinados para enfatizar a honra e a excelência que envolve aqueles que gozam da verdadeira liberdade.

          Porém...                   

Como reconciliar a idéia da nobreza do vinho, com a matzá, o “pão da pobreza”?

O pão normal nada tem de tão substancial, é cheio de ar. A matzá, ao contrário, ocupa o menor espaço possível que um pão poderia ocupar.

Assim é o estado de liberdade do ser humano. Aqueles que estão muito cheios de si, são como “pão inflado”. Vivem sob uma perspectiva que abre pouco espaço para a liberdade.

Honrados são aqueles cuja perspectiva de vida inclui um enfraquecimento convicto do ego, por humilde reconhecimento de que não são possuidores de luz própria.

No momento que admitem que não tem luz própria, eles passam a refletir para o mundo um brilho de intensidade muito maior. Eles deixam de espelhar a si mesmos e passam a espelhar a luz Daquele que os criou, que é tremendamente mais poderosa que a sua.

Este é o brilho do homem livre.

Que o mistério do ritual da noite de Pessach possa despertar o brilho desta luz poderosa dentro de todos nós.

                                Pessach Sameach


Ester Batia Bernstein