sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Marcia Kelner Polisuk-Diretora do Hillel para América Latina e Idan Raichel-Embaixador da ONG e cantor

Uma ONG israelense abreviou caminhos e decidiu salvar vidas de crianças de todas as nacionalidades.
ARI PEIXOTO Jerusalém (TV Globo)


Sadja tem apenas um ano e cinco meses e já enfrenta o primeiro grande desafio da vida. Fazer uma cirurgia no coração que pode parar a qualquer momento por um defeito congênito. Internada no Centro Médico Wolfson, em Houlon, centro de Israel, a pequena palestina teve a operação patrocinada pela ONG israelense Save a child’s heart, (Salve o coração de uma criança).



Criada em 1995, a ONG já atendeu a 2,2 mil meninos e meninas que em seus países de origem teriam poucas chances de sobrevivência. A maioria veio da Cisjordânia, como Gaida, que vive em Nablus. Também há romenos, russos, chineses e jordanianos na lista. Ou iraquianos, como Hamza, que não para de andar pelo hospital.
Muitos são africanos. Edmond, de Gana, parece assustado com a movimentação. Mas a mãe dele, Vitória, é só felicidade. Mariana veio de Angola, com a filha Rosa, de um ano e onze meses. Com a cirurgia já marcada, está confiante na recuperação da filha.

“Estou feliz. Confio sim, em Deus também”, diz a angolana Mariana João Paschoal.

“Vemos milagres todos os dias”, diz o chefe do CTI pediátrico, Sion Houri, e completa: “o que conta &e acute; ver os resultados, salvar vidas”.






Desde o momento em que chegam a Israel, para a cirurgia, até depois de serem operadas, todas as crianças são trazidas para uma casa na cidade de Azor, a dez minutos de distância do hospital. Crianças com menos de três anos vêm com as mães, as maiores são acompanhadas por enfermeiras. O tempo médio de permanência, entre o período de adaptação e o pós-operatório costuma ser de dois meses. Mas em alguns casos, os médicos podem decidir que a criança deve ficar por mais tempo.



Fernando chegou há seis meses. Os médicos descobriram que antes de operar o coração precisavam tratá-lo da tuberculose, descoberta nos primeiros exames. Hoje, o angolano é um menino ativo como qualquer outro de 9 anos. Esperto, vive brincando com as voluntárias, que ajudam na conservação da casa e dividem a atenção das crianças com as mães e responsáveis.



Na foto as crianças atendidas pela ONG, a equipe da TV Globo, Marcia Kelner Polisuk-Diretora do Hillel para América Latina e Idan Reichal-Embaixador da ONG e cantor.


Ele nem se impressiona com a chegada de um dos mais famosos cantores israelenses, Idan Raichel, embaixador da ONG. Ele vai ao Brasil em dezembro, para fazer shows e lançar o Save a child’s heart no país. Idan diz que espera ver a juventude brasileira engajada no projeto que, para ele, além de resolver os problemas cardíacos, enche de boas vibrações os corações infantis.


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